Plantação de soja lado a lado com floresta virgem nas imediações de Santarém, no Pará: o sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta está entre as alternativas já existentes de associação da produção agrária com a conservação dos recursos naturais, que ajuda a mitigar impactos da crise climática.
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Uma agricultura mais sustentável, aliada à recuperação das florestas, pode garantir a quantidade, a qualidade e o preço necessários a um acesso democrático à alimentação de qualidade em todo o mundo
Programas de habitação de emergência, subsídios para agricultura familiar, seguros contra desastres naturais e investimentos na resiliência da infraestrutura de proteção contra cheias estão entre as medidas possíveis e urgentes que poderão minimizar os impactos de futuras inundações.
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Políticas públicas de mitigação e remediação podem minimizar os impactos das mudanças climáticas no sul e outras regiões vulneráveis do país
Retrato do isolamento: enquanto o RS permanece alagado, o poder público ainda está longe de usar devidamente os estudos científicos na elaboração de políticas de prevenção.
Pedro Ladeira/Folhapress
Os últimos acontecimentos evidenciam que a ciência precisa estar presente ativamente na elaboração e proposição das políticas de prevenção. Mas a interação entre pesquisa e poder público ainda é complexa e difícil no Brasil
Agente da Defesa Civil em ação em Porto Alegre: não há como superar desastres climáticos sem o entendimento de suas causas. A comunicação de riscos é um instrumento para isso, e deve ser uma política pública, orientada para a construção de uma cultura de prevenção.
oto: Carlos Quadros /Fotoarena/Folhapress
Vários especialistas que atuam em situações de emergência sublinham que o processo de comunicação é um aspecto central para que haja prevenção de riscos e uma reação adequada nos momentos críticos. Porém, na prática, há uma série de lacunas a respeito do tema
Mãe e filha que perderam tudo caminham em abrigo no ginásio de uma universidade em Canoas (RS): relatório do IPCC indica que crianças de 10 anos ou menos sofrerão aumento de quase quatro vezes em eventos extremos se o aquecimento global for de 1,5°C até 2100.
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O negacionismo científico e ambiental impedem a busca por alternativas viáveis para o desenvolvimento sustentável, com usos do ambiente que garantam o bem-estar da sociedade
Turbina de vento em frente a uma usina termoelétrica na Grécia: os números mostram que, aproximadamente, os 50% mais pobres da população mundial emitiram 12% das emissões globais em 2019, enquanto os 10% mais ricos emitiram 48% do total.
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Os números mostram que, aproximadamente, os 50% mais pobres da população mundial emitiram 12% das emissões globais em 2019, enquanto os 10% mais ricos emitiram 48% do total
O Znamia-2, implantado em 1993, é o único refletor solar que já foi lançado ao espaço: para limitar o fluxo de radiação solar, precisaríamos cobrir uma área muito maior do céu do que esse satélite foi capaz.
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A tecnologia nos permitirá influenciar o clima em escala global? Vamos dar uma olhada em duas ideias: guarda-sóis espaciais e lançamento de aerossóis na atmosfera
Há 9 anos, plano municipal de saneamento já registrava que sistema de proteção contra cheias tinha capacidade de vazão de água 70% abaixo do necessário, com mau estado geral das instalações mecânicas e elétricas de bombeamento de águas pluviais
No momento, a grande maioria dos 5.570 municípios brasileiros não tem qualquer plano de adaptação para impactos provocados por eventos climáticos extremos.
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Para o vice-presidente do SBPC e professor de Física da USP Paulo Artaxo a tragédia no Rio Grande do Sul deve ser encarada como aprendizado para não errarmos de novo no próximo evento climático extremo, que certamente virá.
Vista aérea de Porto Alegre e do rio Guaíba ainda cinco metros acima do nível normal: quando as águas baixarem, medidas de longo prazo não podem repetir os mesmos erros de planejamento, ou novos alagamentos virão.
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Paulo Niederle, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
A reconstrução do Rio Grande do Sul precisa ser planejada em novos moldes, com a adaptação à realidade de fenômenos climáticos cada vez mais intensos e frequentes
A responsabilidade pelo desastre socioambiental no RS não é só da água e do clima. É também do modelo econômico de desenvolvimento que colocou o planejamento ambiental em segundo plano. E a ciência mostra como isso aconteceu.
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A responsabilidade pelo desastre socioambiental no RS não é só da água e do clima. É também do modelo econômico de desenvolvimento, que colocou o planejamento ambiental em segundo plano. E a ciência mostra como isso aconteceu
Uma semana depois do grande alagamento, o centro de Porto Alegre segue sob chuva e debaixo d'água. Com as mudanças climáticas cada vez mais intensas, as ilhas de bem estar das grandes cidades começam a sofrer os impactos da falta de planejamento que já assolam suas periferias há décadas.
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É preciso criar novos modelos de cidades, que levem em conta questões como o regime e volume de chuvas e o uso e ocupação do solo, não apenas nas zonas urbanas, mas também no seu entorno
Água corre para um bueiro em um beco de Los Angeles em 19 de agosto de 2023, durante a tempestade tropical Hilary: abordagem para mitigação de enchentes urbanas envolve projetos inovadores de paisagismo e drenagem para reduzir e retardar o escoamento, permitindo que certas partes da cidade sejam inundadas com segurança diante de condições climáticas extremas.
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Cidades nos EUA estão adotando infraestrutura verde, mas de forma fragmentada. Enchentes provocadas pelas mudanças climáticas exigem uma abordagem mais ampla
Pelo menos 80 comunidades indígenas dos povos Guarani Mbya (foto), Kaingang, Xokleng e Charrua, localizadas em 49 municípios gaúchos, foram diretamente impactadas pelas cheias que atingiram o estado.
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Lara Ramos, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); Erica Dias, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), and Leda Gitahy, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
Pelo menos 80 comunidades indígenas dos povos Guarani Mbya, Kaingang, Xokleng e Charrua, e 850 famílias quilombolas foram diretamente impactadas pelas cheias no RS
O campo de futebol do Estádio Beira-Rio, do Internacional, completamente submerso sob as águas do Guaíba: mudanças climáticas agravam exponencialmente as consequências da falta de planejamento ambiental e infraestrutura hídrica e de saneamento.
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Reitor da Universidade Federal do Pampa escreve sobre sua experiência na tragédia, e traz uma visão acadêmica sobre as falhas humanas que contribuem para o agravamento da situação
Curumim do povo Tembe, no Pará, brinca de arco-e-flecha no leito de um rio seco, durante a estiagem histórica de 2023: modelos climáticos mais regionalizados podem ajudar a prever e planejar adaptações ao novo regime de chuvas devido ao aquecimento global.
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Projeções climáticas para a Amazônia, a partir de modelos regionais que contabilizam os impactos em escalas espaciais menores, mostram a necessidade de um planejamento que envolva toda a sociedade
O primeiro evento de branqueamento global ocorreu em 1998 e o quarto está em andamento. Até que reduzamos as emissões que provocam o aquecimento global, a pressão sobre os recifes de coral só vai aumentar
A região do Caribe inclui vários países que correm o risco de cair em uma “espiral climática da dívida”: estudo sugere uma nova classificação que leve em conta vulnerabilidade climática e econômica para uso de instrumentos financeiros que possam mitigar impactos.
Picryl/US Navy
Estudo sugere classificar os países de acordo com seu endividamento e exposição a riscos ambientais para adaptar as ferramentas financeiras caso a caso
Um mercado de alimentos em Gana, onde muitos já não têm acesso a uma dieta saudável e variada, situação que deve piorar devido às mudanças climáticas.
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Os países mais pobres serão os mais afetados, mostra um novo estudo
A educação de crianças tanto em países de baixa renda como o Sudão do Sul quanto em países desenvolvidos como os EUA já está sendo afetada negativamente pelos extremos das mudanças climáticas.
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Ensinar as crianças sobre a crise ambiental pode ajudar a combater as mudanças climáticas, mas as mudanças climáticas já estão afetando negativamente a educação de crianças em todo o mundo